quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ciência na China

.
.
A China possui uma longa e rica história de contribuição tecnológica.[19] As Quatro Grandes Invenções da China antiga ((em chinês); Pinyin: Sì dà fā míng) são a bússola, pólvora, criação de papel e impressão. Essas quatro descobertas tiveram um enorme impacto no desenvolvimento da civilização da China e um impacto global com um alcance ainda maior. De acordo com o filósofo inglês Francis Bacon, escrevendo em Novum Organum,
"Impressão, pólvora e bússola: esses três mudaram todo o estado das coisas através do mundo: o primeiro na literatura, o segundo na guerra, e o terceiro na navegação; e ainda assim receberam inúmeras modificações, tanto que nenhum império, nenhum setor, nenhuma estrela parece ter exercido maior poder e influência nos assuntos humanos que essas descobertas mecânicas.[20]
Há muitos contribuidores notáveis no campo da ciência chinesa ao longo dos anos. Um dos melhores exemplos seria Shen Kuo (1931–1095), um cientista e homem de estado polímata que foi o primeiro a descrever a bússola de agulha magnetizada usada para a navegação, descobriu o conceito de norte verdadeiro, melhorou o design do gnômon e esfera armilar , e descreveu o uso de diques secos para consertar os barcos. Após observar o processo natural de inundação de silte e encontrar fósseis marinhos nas montanhas Taihang, Shen Kuo desenvolveu a teoria da formação da terra, ou geomorfologia. Ele também adotou a teoria da mudança climática gradual em regiões ao longo do tempo, após observar bamboo petrificado encontrado no subsolo de Yan'an, província de Shaanx. Se não fosse pelo o que Shen Kuo escreveu,[21] os trabalhos arquitetônicos de Yu Hao seriam pouco conhecidos, assim como o inventor da prensa móvel para impressão, [[Bi Sheng (990 - 1051). O contemporâneo de Shen, Su Song (1020-1101) também foi um polímata brilhante, um astrônomo que criou o atlas celestial dos mapas estrelares, escreveu tratados farmacêuticos sobre assuntos relacionados com botânica, zoologia, mineralogia e metalurgia, e ergueu uma enorme torre de relógio astronômico na cidade de Kaifeng em 1088. PAra operar a esfera armilar, sua torre do relógio possuía um mecanismo de escapamento e o mais antigo uso conhecido de uma corrente de transmissão sem-fim.
As missões jesuítas na China dos séculos XVI e XVII "aprenderam a apreciar os avanços científicos dessa cultura antiga e os fizeram ser conhecidos na Europa. Através de sua correspondência, os cientistas europeus aprenderam pela primeira vez sobre a ciência e a cultura dos chineses."[22] O pensamento dos acadêmicos ocidentais sobre a história da ciência e tecnologia chinesa foi galvanizada pelo trabalho de Hoseph Needham e o Needham Research Institute. Entre os avanços tecnológicos da China estão, de acordo com Needham, os primeiros detectores sismológicos (Zhang Heng no século II), esferas armilares com acionamento hidráulico (Zhang Heng), as invenções independentes do sistema decimal, dique seco, paquímetros deslizantes, o pistão do motor de dupla ação, ferro fundido, o alto-forno, a arada de ferro, semeadeiras multi-tubos, o carrinho de mão, a ponte suspensa, o ventilador giratório, o Paraquedas, gás natural como combustível, a hélice, a besta, and a solid fuel rocket, o fogete de múltiplos estágios, the horse collar, assim como contribuições na lógica, astronomia, medicina, e outros campos. Entretanto, fatores culturais impediram esses avanços chineses de se desenvolverem no que nós chamamos de "ciência moderna". De acordo com Needham, isso pode ter sido um conjunto de fatores religiosos e filosóficos dos intelectuais chineses que fizeram eles incapazes de aceitar as ideias de leis da natureza:
Não é que não havia nenhuma ordem na natureza para os chineses, mas que não era uma ordem ordenada por um ser racional, e então não havia convicção que um ser racional seriam capazes de explicar, com sua linguagem terrestre inferior, os códigos divinos das leis. Os taoístas teriam achado essa ideia muito ingênua para a sutileza e complexidade do universo como eles intuíam ser.[23]

Nenhum comentário:

Postar um comentário