quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS MARINHOS

CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS MARINHOS
As condições do ecossistema marinho não variam muito; nela as condições são relativamente constantes, principalmente, na temperatura. A água esfria e esquenta mais devagar que os solos; assim a temperatura é mais constante no mar que na terra.
Outros fatores também que são importantes: a salinidade e a penetração de luz, por exemplo.
A salinidade corresponde ao teor de sais dissolvidos na água, é determinada pela concentração de cloreto de sódio (o sal de cozinha). A salinidade em mar aberto, longe do litoral, é mais ou menos constante, com o valor em torno de 35 partes de sal por mil partes de água. Nas regiões próximas da costa, onde rios desembocam no mar, a salinidade é mais baixa.
A profundidade dos oceanos aumenta à medida que nos afastamos da costa. Com isso, a penetração de luz nos mares não é igual em todas as profundidades. A luz penetra nas camadas mais superficiais - Região Fótica-, e não atinge as mais profundas - Região Afótica.
É comum na região afótica o fenômeno da biolunimescência, que consiste na produção e emissão de luz pelos organismos. Muitos peixes da região afótica apresentam áreas do corpo onde se verifica a bioluminescência. Com isso, conseguem atrair presas para sua alimentação ou atrair outros indivíduos da mesma espécie na época da reprodução.
As marés são fenômenos cíclicos que determinam, ao longo do dia, variações no nível do mar. Essas alterações são evidentes nas praias, onde se pode notar que na maré baixa grande extensões de praia ficam expostas, enquanto na maré alta essas regiões ficam recobertas pela água do mar.
Essas regiões da praia, ora descoberta, ora coberta pela água do mar são denominadas regiões extremares. Elas são muito ricas em organismos, principalmente nos costões rochosos. Os organismos que vivem nesses locais têm adaptações especiais para evitar a perda da água durante os períodos de maré baixa, em que fica exposto ao ar.
A região que nunca fica exposta pela maré, estando sempre recoberta pela água do mar, é chamada de infralitoral. 


Os organismos marinhos são classificados em três grandes grupos
Bentos: contato com o substrato, isto é, o fundo dos mares. Alguns são fixos, como as esponjas, são organismos que vivem em os corais, e algumas algas. Outros podem se deslocar sobre o substrato, como as estrelas-do-mar, os caranguejos e as baratinhas-da-praia (Lígia). Ao observarmos um costão rochoso, os organismos que vemos os bentônicos.
Plâncton: são organismos que vivem em suspensão na água, sendo carregados pelas correntes marinhas. Esses organismos, algas e animais, são geralmente pequenos. Os animais planctônicos podem apresentar deslocamento na coluna de água, mas não conseguem nadar contra as correntes, sendo carregados por elas.
Nécton: são organismos capazes de nadar ativamente e superar a força de muitas correntes marinhas. Estão representados pelos peixes, baleias, golfinhos, lulas, dentre outros. 


Água
A água é um elemento essencial para a vida das plantas e dos animais sobre a superfície do planeta, sendo, além disso, extremamente importante para a manutenção do clima da Terra.
Embora seja um recurso natural renovável, a água deve ser tratada com muito cuidado, pois os gastos excessivos e indiscriminados, aliados à poluição, poderão causar sérios transtornos no abastecimento futuro.
Quando se observam os grandes reservatórios naturais de água (rios, lagos, oceanos), depara-se com a existência de uma grande variedade de animais, desde grandes mamíferos aquáticos até os minúsculos protozoários, que constituem a fauna aquática. Os vegetais encontrados nos reservatórios de água são algas, que apresentam variados tamanhos. Grupamentos de grandes algas podem até mesmo dificultar a navegação. As algas minúsculas formam o fitoplâncton, importante fonte de renovação de oxigênio atmosférico, fundamental para a vida terrestre.
Os ecossistemas aquáticos fornecem grande parte dos alimentos que abastecem a humanidade, tornando cada vez maior a importância das águas como fonte de alimentação futura do homem.
O consumo de água no
mundo está aumentando de maneira muito veloz, principalmente pelo crescimento das necessidades de refrigeração industrial. O acesso à água potável está se tornando cada vez mais difícil, principalmente causado pela contaminação provocada pelo homem nas suas mais diversas formas. 


A VIDA NOS MARES
São muitas as espécies de aves que exploram o mar para sobreviverem. As aves marinhas costeiras como os atobás, tesourões, gaivotões e algumas espécies de trinta-réis podem ser encontradas em nosso litoral durante todo o ano e nidificam em ilhas próximas da costa.

OS SERES VIVOS A distribuição da vida na biosfera

OS SERES VIVOS
A distribuição da vida na biosfera
           A fina camada de solo, água e ar que abriga a vida em nosso planeta é chamada biosfera.
           Na biosfera encontramos ambientes muito diferentes, que vão desde os oceanos com profundidades que atingem nove mil metros até as montanhas com mais de oito mil metros de altitude. Em todos esses locais existem formas de vida.
            É claro que cada tipo de ambiente da biosfera apresenta condições abióticas específicas, propiciando a vida de comunidades diferentes e formando, assim, ecossistemas diferenciados.
A vida nos mares
             A salinidade, a temperatura e a luminosidade são fatores importantes para a distribuição da vida no ambiente marinho.
            Nas águas dos mares, que cobrem mais de 70% da superfície do globo terrestre, encontramos várias substâncias químicas dissolvidas. A principal delas é o cloreto de sódio ou sal comum.
             O conteúdo de sais dissolvidos na água do mar determina sua salinidade, que pode variar muito, dependendo da quantidade de água doce proveniente dos rios que ali desembocam e do grau de evaporação da água.
             As radiações solares que chegam até o planeta produzem efeitos de luz e calor sobre os mares. Esses efeitos variam com a profundidade: quanto mais profundas forem as regiões do mar, menos luz e calor elas recebem. Por causa disso, surgem regiões muito diferentes, que tornam possível a existência de uma grande variedade de seres vivos. Podemos assim observar três regiões distintas: eufótica, disfótica e afótica.
             Zona eufótica - Região de grande luminosidade, que vai até aproximadamente oitenta metros de profundidade. Aí a luz penetra com grande intensidade, possibilitando um ambiente favorável à vida de organismos fotossintetizantes, como as algas, e muitos animais que se alimentam delas.
            Zona disfótica - Região em que a luz apresenta dificuldade de penetrar, tornando-se difusa. Esta região vai até cerca de duzentos metros de profundidade e também abriga organismos fotossintetizantes, embora em proporção menor que a da zona eufótica.
              Zona afótica - Região totalmente escura, que vai além dos duzentos metros de profundidade. Aí não é possível a existência de animais herbívoros.
As comunidades dos seres vivos marinhos
            Dependendo do modo como se locomovem, os seres vivos marinhos são classificados em três grupos distintos: plâncton, nécton e bentos.
           Flâncton - O plâncton representa o conjunto de todos os seres vivos flutuantes que são levados pelas correntezas marinhas. Eles não possuem órgãos de locomoção e, quando os têm, são rudimentares. Existem duas categorias de seres planctônicos: o fitoplâncton e o zooplâncton.
  •  Fitoplâncton – É constituído pelos produtores, ou seja, os seres autotróficos, que desempenham um grande papel nas cadeias alimentares marinhas. As algas são os principais representantes dessa categoria.
  •  Zooplâncton – É constituído por organismos heterotróficos, como microcrustáceos, larvas de peixes, protozoários, insetos, pequenos anelídeos e até caravelas.
          Nécton – Compreende o conjunto dos seres que nadam livremente, deslocando-se por atividade própria, vencendo a correnteza. O nécton abrange peixes (tubarões, robalos, tainhas, sardinhas, etc.), répteis, como a tartaruga, e inúmeros mamíferos (baleia, focas, golfinhos, etc.), entre outros animais.
          Bentos – São o conjunto de seres que vivem fixos ou se arrastam no fundo do mar. Enfim, são os seres que pouco se afastam do fundo. Muitas algas, esponjas, ouriços-do-mar, estrelas-do-amor são exemplos de representantes de seres bentônicos.
A grande cadeia alimentar marinha
            Toda a vida no mar depende da atividade fotossintetizante dos seres autróficos, principalmente das do fitoplâncton. As algas, portanto, representam o primeiro nível trófico de praticamente todas as cadeias alimentares marinhas.
            Na região iluminada vivem animais herbívoros e carnívoros, além de alguns detritívoros, isto é, que se nutrem de detritos orgânicos formados por restos de organismos mortos. As cadeias alimentares marinhas são muito diversificadas e podem começar com seres autotróficos muito pequenos, como as algas unicelulares, e terminar com animais de grande porte, como tubarões e baleias.
            Na região escura não existem seres fotossintetizantes e animais herbívoros. Os peixes abissais, por exemplo, que vivem em grandes profundidades, são detritívoros ou carnívoros e têm adaptações especiais para a vida nesse ambiente.
A vida nas águas continentais
             As águas existentes nos continentes, rios, lagos e pântanos são denominadas águas continentais. Elas representam menos que 3% da massa de água existente no planeta. Sua  temperatura varia mais que a da água dos mares e sua composição depende do tipo de solo que as suporta. O teor de salinidade é baixo e a penetração de luz é pequena.
             Rios, lagos e pântanos diferem entre si pela movimentação das águas. Nos rios, as águas estão em constante mistura por causa das correntezas; nos lagos e pântanos, elas estão praticamente paradas. Considerando esse conjunto, pode-se afirmar que esses ecossistemas abrigam uma considerável diversidade de vida, que inclui algas e outros tipos de plantas, peixes, anfíbios, répteis, moluscos, anelídeos e outros animais.
             Em geral, os ecossistemas de água parada produzem, através dos organismos fotossintetizantes que abrigam, o alimento necessário para a sua manutenção. Os ecossistemas de água corrente, por sua vez, são relativamente pobres em fitoplâncton. Assim, uma parte da matéria orgânica necessária para a sobrevivência dos animais que neles existem é importada dos ecossistemas terrestres vizinhos.
           Infelizmente, os ecossistemas aquáticos são vítimas constantes de inúmeros resíduos originados pelos diversos tipos de atividade humana. Recebem diariamente toneladas de lixo e de esgoto doméstico, agrotóxicos, metais pesados, detergentes, etc. Alguns dos nossos rios, como o Tietê, estão enquadrados entre os mais dramáticos exemplos de poluição aquática no planeta.
Mangues, berçários da natureza
             Os mangues – ambiente típico dos litorais tropicais são verdadeiros pontos de ligação entre o ambiente marinho, o de água doce e o terrestre.
             Situam-se na região denominada entremarés, que se localiza entre o ponto mais alto da maré alta e o ponto mais baixo da maré baixa. Nessa região ocorre uma intensa deposição de detritos e sedimentos que, misturados à água doce e salgada, juntam-se à argila, formando um solo lamacento.
             O solo dos mangues é pantanoso e movediço e possui pouco oxigênio e alta salinidade; abriga, então, plantas halófitas (que se desenvolvem em terrenos salgados), como o mangue-vermelho, com raízes-escoras ou suportes, que promovem uma eficiente fixação da planta no solo. Outra planta típica dos mangues é a Avicenia tomentosa, planta arbórea que possui raízes respiratórias; partindo da raiz principal da planta e crescendo para cima, essas raízes emergem do solo e coletam o oxigênio atmosférico, compensando o baixo teor de oxigênio do solo.
             A fauna dos manguezais inclui animais como peixes, crustáceos, moluscos e aves diversas, entre outros. Você já sentiu o cheiro que se desprende de um mangue, aquele cheiro desagradável de ovo podre? Ele é produzido pelo gás sulfídrico, que resulta da ação de bactérias na decomposição de restos de animais e vegetais mortos, trazidos pelos rios e pelo mar. Essa ação decompositora das bactérias torna os mangues ricos em nutrientes. Ali muitas espécies de peixes, crustáceos e aves aquáticas vêm abrigar-se e reproduzir-se. Além da alimentação em abundância, os filhotes encontram proteção contra predadores entre as raízes das plantas e nas águas escuras. Por isso os mangues são considerados berçários da natureza.
A vida nas florestas
            As florestas constituem formações vegetais em que se encontra uma quantidade enorme de nutrientes e uma diversidade muito grande de formas de vida.
           Quando estudamos as florestas, um dos fatores importantes a considerar é sua estratificação, ou seja, a distribuição vertical dos vegetais. Na parte mais baixa, junto ao solo, temos a vegetação herbácea, seguindo-se a arbustiva e, finalmente, a arbórea.
          Como as florestas ocupam lugares de temperaturas e climas muito diferentes, que vão desde regiões quentes e úmidas até regiões frias e secas, a sua vegetação difere bastante de um lugar para o outro. Assim, podemos distinguir três tipos básicos de floresta:
·  Floresta de coníferas;
·  Floresta decídua temperada;
·  Floresta úmida tropical.
Floresta de coníferas do hemisfério norte
           A floresta de coníferas do hemisfério norte, também denominada taiga, estende-se pelo norte da Europa, Alasca, Canadá e Sibéria.
          Sua vegetação é constituída predominantemente de gimnospermas do grupo das coníferas, como os pinheiros. As coníferas não perdem as folhas durante o inverno. As folhas revestidas com cera e de pequena superfície (finas e compridas) contribuem com a redução de água por transpiração e constituem uma adaptação dessas plantas na defesa contra a insignificante absorção de água no inverno rigoroso, já que, nessas condições, a maior parte da água fica congelada no solo. Por isso, as florestas de coníferas estão sempre verdes.
          A vegetação rasteira é pouco desenvolvida e formada por algumas ervas, samambaias e musgos. Isto se deve à pouca quantidade de luz que chega ao solo, pois a copa das árvores forma uma cobertura que filtra os raios luminosos do sol. Alguns tipos de fungo desenvolvem-se sobre as folhas e os ramos que caem ao solo.
          A fauna é constituída de alces, ursos pardos, lobos, martas, linces, esquilos, raposas e diversas aves, entre outros animais.
         As aves que habitam essas florestas geralmente alimentam-se de sementes das coníferas. É o caso do cruza-bicho, que graças ao seu bico curvo e de pontas cruzadas, consegue cortar as pinhas e abrir as sementes.
Floresta decídua temperada
         Esta floresta tem uma característica marcante: as várias espécies de árvores que a constituem perdem suas folhas no final do outono, o que impede que elas se desidratem. Por isso, recebem o nome de florestas decididas.
         O termo temperado aplicado a esta floresta deve-se ao fato de ela ocupar as regiões de clima temperado quase toda Europa, parte da América do Norte, o Japão e a Austrália. Nessas regiões, as quatro estações são bem marcadas, com verões quentes e invernos rigorosos.
         As árvores mais comuns são os carvalhos, as castanheiras, as magnólias e as nogueiras. A vegetação herbácea e a arbustiva tendem a ser bem desenvolvidas.
         A fauna é diversificada, com animais herbívoros, como esquilos, lebres, coelhos e veados. Os animais carnívoros mais freqüentes são os lobos, linces, texugos e doninhas.
         A floresta decídua é ainda muito rica em insetos, pássaros, répteis e anfíbios.
Floresta úmida tropical
         A floresta úmida tropical localiza-se entre os trópicos e o Equador. São as florestas de numerosas ilhas do oceano Pacífico, da América do Sul, América Central, África e de regiões da Ásia. Exemplo: floresta Amazônica.
         Com vegetação exuberante e grande diversidade de espécies tanto vegetais quanto animais, esta floresta apresenta inúmeras e complexas relações entre os seres vivos.
         Nas regiões de florestas úmidas tropicais, o índice de chuvas é alto e as temperaturas são elevadas. Como a vegetação arbórea é muito densa, a luminosidade em seu interior é muito pequena.
         A altura das árvores varia muito. As copas das mais altas formam uma camada que recebe toda a luz do sol. Logo abaixo ficam as copas das árvores de menor porte e que recebem os raios solares que conseguiram passar pelas mais altas. Em seguida vêm as copas do arbustos. A medida que nos aproximamos do solo, a quantidade de luz torna-se escassa, mas a vegetação rasteira é geralmente variada.
         Entre as espécies vegetais existentes nessas matas, encontramos os ipês, as seringueiras, os jacarandás, os jatobás, os guapuruvus e as canelas. Nos troncos das árvores desenvolve-se grande número de trepadeiras e epífitas, como orquídeas, bromélias e samambaias, além de musgos e liquens.
         A fauna é muito rica e variada. Muitos animais são arborícolas, ou seja, vivem nos galhos das árvores. É o caso de macacos, preguiças, lagartos, cobras, pererecas, roedores e morcegos, além de vários pássaros como papagaios, araras, beija-flores, pica-paus, etc.
         As populações de insetos são muito variadas: mosquitos, formigas, borboletas, etc. No solo vivem muitos seres, como porcos-do-mato, as antas, além de aves, répteis, moluscos, vermes, aracnídeos e decompositores, como bactérias e fungos. Estes últimos seres têm um papel fundamental na vida dessa floresta. Eles decompõem folhas e galhos que caem das árvores, assim como os restos animais que vão se depositando no chão, transformando-os em matéria inorgânica, que é devolvida ao solo. Assim reinicia-se o ciclo da matéria nesse complexo e surpreendente ecossistema.
Campos, ecossistemas em que as gramíneas predominam
         Os campos são ecossistemas formados por uma vegetação predominantemente rasteira, constituída basicamente de gramíneas. Podem também abrigar vegetais arbustivos e arbóreos.
         Os campos recebem várias denominações, como cerrado (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, etc.), estepe (Rússia), pradaria (Estados Unidos), savana (África), etc.
         Alguns campos são “limpos”, isto é, possuem uma forte predominância de gramíneas; é o caso dos pampas sulinos, que oferecem excelentes condições para a criação de gado. Outros campos, como os cerrados brasileiros e as savanas africanas, são “sujos”, isto é, além de gramíneas, abrigam inúmeras árvores espaçadas e um considerável número de plantas herbáceas.
         A fauna dos campos é variável, conforme o tipo considerado. De maneira geral, abrigam mamíferos de alta velocidade: leopardos, antílopes, zebras e girafas, nas savanas africanas; antílopes, búfalos e coiotes, nas pradarias americanas. Além dos mamíferos, a fauna dos campos inclui aves diversas (gaviões, corujas, etc.), inúmeros répteis, insetos, etc.
A sobrevivência nos desertos
         Os desertos são encontrados na África, na Ásia, na Austrália do Norte e na América do Sul. O maior deles é o deserto do Saara (África).
         Nos desertos, o solo é árido e as chuvas são muito escassas. O grande fator ambiental que limita a vida animal e vegetal nesses ecossistemas é a água. A vegetação é pobre e pode ser formada principalmente de cactáceas.
         A fauna dos desertos varia de um tipo para outro. De maneira geral, é constituída de insetos (grilos, besouros, cupins-de-areia, etc.), répteis (lagartos e cobras) e mamíferos (ratos, gazelas, raposas, coiotes, camelos, etc.), entre outros animais.
         Durante o dia, a temperatura desses ambientes pode chegar a 50 ºC. Essas regiões podem ficar sem chuva durante anos. No deserto do Saara, por exemplo, há registros de períodos sem chuva por mais de dez anos em determinados locais.
         Veja alguns exemplos de adaptações para a vida nos desertos:
         As plantas suculentas, como os cactos, armazenam água no caule e suas raízes são muito espalhadas permitindo a exploração de uma área maior do solo. Muitos vegetais que se desenvolvem nessa região possuem ramos verdes ou folhas minúsculas que caem quando a água começa a faltar, evitando a evaporação. Além disso, suas folhas possuem uma espessa cutícula que reduz as perdas de água por transpiração.
         Os animais, por sua vez, alimentam-se de plantas suculentas nas quais encontram, ao mesmo tempo, nutrientes e água.
         Muitos animais enterram-se na areia durante o dia refugiando-se do calor excessivo, pois a dez  ou vinte centímetros de profundidade, a temperatura da areia se reduz a menos da metade da temperatura da superfície. Muitos animais têm apenas hábitos noturnos. Outras características que permitem a vida dos animais no deserto incluem a formação de urina e de fezes concentradas, a escassez ou ausência de glândulas sudoríparas, etc.
Tundra, um ecossistema muito frio
         No pólo norte e seus arredores há apenas duas estações durante o ano: um longo inverno, que dura cerca de nove meses, e um curto verão, com duração de cerca de três meses.
         Essa região dispõe de pouca luminosidade, fato que limita o desenvolvimento de uma vegetação exuberante. No verão, desenvolve-se uma vegetação rasteira, composta predominantemente por musgos e liquens, que recebe o nome de tundra.
         Essas  plantas servem de alimento a animais herbívoros como a rena, o boi almiscarado, os lemingues e as lebres árticas, que, por sua vez, nutrem carnívoros como o lobo ártico, o urso polar, a raposa-ártica e a coruja-das-neves.
         No inverno, a vegetação praticamente desaparece, o que provoca a migração de muitos animais para outras áreas, em busca de melhores condições de vida. É o caso, por exemplo, da raposa e da coruja-das-neves, que procuram regiões mais quentes, onde é mais fácil encontrar pequenos animais que lhes sirvam de alimento.
         Mas os lemingues permanecem na tundra, mesmo no inverno rigoroso. Esses pequenos roedores não hibernam nem armazenam reservas alimentares para o inverno. Eles vivem em galerias que cavam no gelo e alimentam-se dos tipos de liquens, musgos e outros vegetais que conseguem sobreviver no inverno.

Matemática e Lógica não são ciências///Estudo acadêmico

Matemática e Lógica não são ciências

Já na Grécia Antiga, os filósofos pré-socráticos, discutiam se iriam atingir a verdade através das palavras ou através dos números. Os sofistas, defendiam que iriam atingir a verdade através das palavras. Os pitagóricos, seguidores de Pitágoras, defendiam que atingiriam a verdade através dos números.
Aristóteles, que era sofista, criou o pensamento lógico dedutivo. Lógica deriva da palavra grega logos, que para os gregos significava palavra ou sabedoria. Durante a Idade Média, o pensamento lógico dedutivo foi usado abundantemente pelos Filósofos Escolásticos, e o resultado foi um total vazio científico durante a Idade Média. Francis Bacon, na Renascença, afirmava que A lógica de Aristóteles é ótima para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de útil para a humanidade.
Sócrates, Platão e Demócrito, que eram pitagóricos, defendiam que somente a matemática traz clareza ao pensamento.
O pensamento lógico já se demonstrou ineficiente para criação de teorias científicas e para descrever a natureza. René Descartes, grande cientista e matemático da Renascença, já afirmava que: Matemática é uma ferramenta para se fazer ciência, mas não é uma ciência.
Isso ocorre, pois as palavras e os números não existem na natureza, e portanto não é ciência. Mas, a matemática já se mostrou uma ótima ferramenta para o estudo e formulação de teorias cientificas.

 Estudo acadêmico

Como um campo científico, a 'história da ciência começou com a publicação de History of the Inductive Sciences de William Whewell (publicado em 1837). Um estudo mais formal da história da ciência como uma disciplina independente foi lançado na publicação de George Sarton, Introduction to the History of Science (1927) e o jornal Isis (fundado em 1912). Sarton exemplificou a visão do início do século XX da história da ciência como um a história de grandes homens e grandes ideias. Ele compartilhou com muitos de seus contemporâneos uma crença da história como uma gravação dos avanços e retrocessos na marcha pelo progresso. A história da ciência não era reconhecida como um subcampo da história da América nesse período, e a maior parte de seus trabalho foi levado por cientistas e físicos interessados ao invés de historiadores profissionais.[28] Com o trabalho de I. Bernard Cohen em Harvard, a história da ciência se tornou uma subdisciplina da história após 1945.[29]

Ciências naturais

Ciências naturais

 Física

A Revolução Científica é o limite conveniente entre o pensamento antigo e a física clássica. Nicolau Copérnico reviveu o modelo heliocentrismo do sistema solar descrito por Aristarco de Samos. Isso foi então seguido pelo primeiro modelo conhecido do movimento planetário dado por Kepler no início do século XVII, que propos que os planetas seguiam órbitas elípticas, com o Sol sendo um dos focos da elipse.Galileu Galilei (pai da moderna física) também fez uso de experimentos para validar teorias físicas, um elemento chave para o método científico.

[editar] Química

A história da química moderna pode ser traçada até a distinção da química e da alquimia por Robert Boyle no trabalho The Sceptical Chymist, em 1661 (apesar das tradições alquímicas continuarem por algum tempo depois disso) e as práticas experimentais e de químicos médicos como William Cullen, Joseph Black, Torbern Bergman and Pierre Macquer. Outro importante passo foi dado por Antoine Lavoisier (Pai da química moderna) através do reconhecimento do oxigênio e da lei da conservação da matéria, que refutou a teoria do flogisto. A teoria de que toda a matéria é feita por átomos, que são os menores constituintes da matéria que não podem ser subdivididos sem perder suas propriedades químicas e físicas da matéria, foram provadas por John Dalton em 1803, apesar da questão ter demorado cem anos para ser provada. Dalton também formulou a lei da relação das massas. Em 1869, Dmitri Mendeleev compos a tabela periódica dos elementos tomando como base as descobertas de Dalton.

[editar] Geologia

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A geologia existiu como uma nuvem isolada, disconectada de ideias sobre rochas, minerais, e acidentes geográficos muito antes de se tornar uma ciência coerente. O trabalho de Teofrasto sobre rochas Peri lithōn permaneceu uma autoridade por milênios: sua interpretação sobre fósseis não foi superada até depois da Revolução Científica.

[editar] Astronomia

Aristarco de Samos publicou trabalho no qual determinou o tamanho e a distância do Sol e da Lua, e Eratóstenes usou esse trabalho para descobrir o tamanho da Terra. Mais tarde, Hiparco descobriu a precessão da Terra.

Ciência moderna

Ciência moderna

A Revolução Científica estabeleceu a ciência como a origem de todo o crescimento do conhecimento.[27] Durante o século XIX, a prática da ciência se tornou profissional e institucionalizada em modos que continuaram a ser usados no século XX.
A história da ciência é marcada por uma cadeia de avanços na tecnologia e no conhecimento que sempre complementaram um ao outro. Inovações tecnológicas trouxeram novas descobertas e levam a ainda outras descobertas por inspirar novas possibilidades e aproximações em questões científicas antigas.

Ciência na Europa Medieval

Ciência na Europa Medieval

René Descartes (pintura de Frans Hals).
Durante a Idade Média, os cristãos dominavam as escolas da época, e por isso seus pensadores foram chamados de Filósofos Escolásticos. Esses pensadores criaram uma visão dogmática de ciência que ainda hoje é encontrada em livros e enciclopédias da atualidade, e não admitiam o uso da matemática como forma de análise científica. Somente aceitavam o uso da dialética e a lógica aristotélica como forma de análise científica, que devia ser apresentada através de teses. Esta prática ainda é observada em algumas universidades da atualidade. O pensamento de Agostinho tentava unir a fé e a razão, sendo o primeiro filósofo cristão, o que fez surgir um pensamento equivalente ao pensamento que havia antes dos pré-socráticos. O resultado disso é que quase nada de científico foi produzido durante a Idade Média.
Na Renascença, os pensadores retomaram o pensamento científico dos pré-socráticos. Galileu Galilei se atreveu a usar a matemática como forma de análise científica, o que resultou na sua perseguição pelos Escolásticos. Descartes ao ver o que havia ocorrido com Galileu, reduziu suas críticas aos escolásticos, mesmo assim usando a matemática para a análise científica. Após a retomada do pensamento científico pré-socrático voltamos a evoluir cientificamente.

Ciência no mundo islâmico

Ciência no mundo islâmico

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Cientistas muçulmanos colocaram muito mais ênfase em experimentos que colocaram os Gregos.[24] Isso levou ao desenvolvimento de um método científico inicial no mundo muçulmano, no qual o progresso foi feito pogresso na metodologia, começando com os experimentos de Ibn al-Haytham (Alhazen) na ótica nos anos 1000, em seu Book of Optics.[25] O desenvolvimento mais importante do método científico foi no uso de experimentos para distinguir entre um conjunto de teorias científicas concorrentes geralmente com uma orientação empírica, que começou entre os cientistas muçulmanos. Ibn al-Haytham é também considerado como o pai da ótica. Alguns também descreveram Ibn al-Harytham como o "primeiro cientistas" por seu desenvolvimento do método científico moderno.[26]

Ciência na China

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A China possui uma longa e rica história de contribuição tecnológica.[19] As Quatro Grandes Invenções da China antiga ((em chinês); Pinyin: Sì dà fā míng) são a bússola, pólvora, criação de papel e impressão. Essas quatro descobertas tiveram um enorme impacto no desenvolvimento da civilização da China e um impacto global com um alcance ainda maior. De acordo com o filósofo inglês Francis Bacon, escrevendo em Novum Organum,
"Impressão, pólvora e bússola: esses três mudaram todo o estado das coisas através do mundo: o primeiro na literatura, o segundo na guerra, e o terceiro na navegação; e ainda assim receberam inúmeras modificações, tanto que nenhum império, nenhum setor, nenhuma estrela parece ter exercido maior poder e influência nos assuntos humanos que essas descobertas mecânicas.[20]
Há muitos contribuidores notáveis no campo da ciência chinesa ao longo dos anos. Um dos melhores exemplos seria Shen Kuo (1931–1095), um cientista e homem de estado polímata que foi o primeiro a descrever a bússola de agulha magnetizada usada para a navegação, descobriu o conceito de norte verdadeiro, melhorou o design do gnômon e esfera armilar , e descreveu o uso de diques secos para consertar os barcos. Após observar o processo natural de inundação de silte e encontrar fósseis marinhos nas montanhas Taihang, Shen Kuo desenvolveu a teoria da formação da terra, ou geomorfologia. Ele também adotou a teoria da mudança climática gradual em regiões ao longo do tempo, após observar bamboo petrificado encontrado no subsolo de Yan'an, província de Shaanx. Se não fosse pelo o que Shen Kuo escreveu,[21] os trabalhos arquitetônicos de Yu Hao seriam pouco conhecidos, assim como o inventor da prensa móvel para impressão, [[Bi Sheng (990 - 1051). O contemporâneo de Shen, Su Song (1020-1101) também foi um polímata brilhante, um astrônomo que criou o atlas celestial dos mapas estrelares, escreveu tratados farmacêuticos sobre assuntos relacionados com botânica, zoologia, mineralogia e metalurgia, e ergueu uma enorme torre de relógio astronômico na cidade de Kaifeng em 1088. PAra operar a esfera armilar, sua torre do relógio possuía um mecanismo de escapamento e o mais antigo uso conhecido de uma corrente de transmissão sem-fim.
As missões jesuítas na China dos séculos XVI e XVII "aprenderam a apreciar os avanços científicos dessa cultura antiga e os fizeram ser conhecidos na Europa. Através de sua correspondência, os cientistas europeus aprenderam pela primeira vez sobre a ciência e a cultura dos chineses."[22] O pensamento dos acadêmicos ocidentais sobre a história da ciência e tecnologia chinesa foi galvanizada pelo trabalho de Hoseph Needham e o Needham Research Institute. Entre os avanços tecnológicos da China estão, de acordo com Needham, os primeiros detectores sismológicos (Zhang Heng no século II), esferas armilares com acionamento hidráulico (Zhang Heng), as invenções independentes do sistema decimal, dique seco, paquímetros deslizantes, o pistão do motor de dupla ação, ferro fundido, o alto-forno, a arada de ferro, semeadeiras multi-tubos, o carrinho de mão, a ponte suspensa, o ventilador giratório, o Paraquedas, gás natural como combustível, a hélice, a besta, and a solid fuel rocket, o fogete de múltiplos estágios, the horse collar, assim como contribuições na lógica, astronomia, medicina, e outros campos. Entretanto, fatores culturais impediram esses avanços chineses de se desenvolverem no que nós chamamos de "ciência moderna". De acordo com Needham, isso pode ter sido um conjunto de fatores religiosos e filosóficos dos intelectuais chineses que fizeram eles incapazes de aceitar as ideias de leis da natureza:
Não é que não havia nenhuma ordem na natureza para os chineses, mas que não era uma ordem ordenada por um ser racional, e então não havia convicção que um ser racional seriam capazes de explicar, com sua linguagem terrestre inferior, os códigos divinos das leis. Os taoístas teriam achado essa ideia muito ingênua para a sutileza e complexidade do universo como eles intuíam ser.[23]

Ciência na Índia

Escavações em Harappa, Mohenjo-daro e outros sítios da Civilização do Vale do Indo têm revelado evidência do uso da "matemática prática". As pessoas da Civilidação do Vale do Indo manufaturavam tijolos cujas dimensões eram proporcionais a 4:2:1, considerava favorável a estabilidade da estrutura de tijolos. Eles usaram um sistema padronizado de pesos baseado nas proporções: 1/20, 1/10, 1/5, 1/2, 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200, e 500, com a unidade de peso equivalendo a 28 gramas (e aproximadamente igual a onça da Inglaterra ou a uncia da Grécia). Eles produziram em massa pesos em formas geométricas regulares, que incluíam hexaedro, barris, cones, e cilindros, e assim demonstrando conhecimento de geometria básica.[8] Os habitantes da civilização Indu também tentaram padronizar a medição do comprimento com alta precisão. Eles criaram uma régua - régua Mohenjo-daro - cujas unidades de medida (3,4 centímetros) era dividida em dez partes iguais. Tijolos manufaturados na antiga Mohenjo-daro geralmente tinham dimensões que eram múltiplos inteiros dessa unidade de medida.[9][10]
O início da astronomia na Índia - como em outras culturas - estava ligada com a religião.[11] A primeira menção textual de conceitos astronômicos veio de Veda, literatura religiosa da Índia.[11] De acordo com Sarma (2008): "Pode-se encontrar em Rigveda especulações inteligentes sobre a gênesis do universo, a configuração do universo, a Terra esférica, e o ano de 360 dias divididos em doze partes iguais de trinta dias cada."[11]
A origem da medicina Ayuverda pode ser traçada até Vedas, Atharvaveda em particular, e está conectada com a religião Hindu.[12] O Sushruta Samhita de Sushruta apareceu durante o primeiro milênio a.C.[13]
O aço wootz, crucible e inoxidável foram inventados na Índia, e largamente exportados, resultando no "aço de Damasco" no ano 1000.[14]
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O astrônomo e matemático indiano Aryabhata (476-550), no seu Araybhatiya (499) e Aryabhata Siddhanta, trabalhou em um preciso modelo heliocêntrico da gravitação, incluindo órbitas elípticas, a circunferência da Terra e a longitude dos planetas ao redor do Sol. Ele também introduziu várias funções trigonométricas (incluindo seno, seno verso e cosseno), tabelas trigonométricas, e técnicas e algoritmos de álgebra. No século XVII, Brahmagupta reconheceu a gravidade como uma força de atração.[15] Ele também explicou o uso do zero como uma variável metasintática e como número decimal, assim como o sistema numérico hindu atualmente largamente usado pelo mundo. Traduções arábes dos textos astronômicos estiveram logo disponíveis para o mundo islâmico, introduzindo o que se tornaria os algarismos arábicos para o mundo islâmico do século IX.[16][17]
Os primeiros doze capítulos de Siddhanta Shiromani, escrito por Bhāskara no século XII, cobrem tópicos como: longitude média dos planetas; longitudes verdadeiras dos planetas; os três problemas da rotação diurna; sizígia; eclipse lunar; eclipse solar; latitude dos planetas, a nascente e poente do sol; a Lua crescente; conjunções dos planetas entre si; conjunções do planetas com uma estrela fixa; Os treze capítulos da segunda parte cobrem a natureza da esfera, assim como significantes cálculos astronômicos e trigonométricos baseados nela.
Entre os séculos XIV e XVI, a escola Kerala de astronomia e matemática fez significantes avanços na astronomia e especialmente na matemática, incluindo campos como trigonometria e cálculo. Em particular, Madhava of Sangamagrama é considerado o "fundador da análise matemática".[18]

Ciência no mundo Greco-Romano

A morte de Sócrates, por Jacques-Louis David, 1787.Sócrates, sereno, aponta para o alto, enquanto seus amigos e o próprio carcereiro lamentam a condenação.
O pensamento científico surgiu na Grécia Antiga aproximadamente no século VI a.C. com os pensadores pré-socráticos que foram chamados de Filósofos da Natureza e também Pré-cientistas. Foi um período onde a sociedade ocidental, saiu de uma forma de pensamento baseada em mitos e dogmas, para entrar no pensamento científico baseado no Ceticismo. Muitos livros, apresentam este ou aquele pensador pré-socrático como pai do pensamento científico, mas isso não é verdade, pois todos esses pensadores contribuíram de uma forma ou de outra para a formação do pensamento científico.
O pensamento dogmático coloca as ideias como sendo superiores ao que se observa. O pensamento cético coloca o que é observado como sendo superior às ideias. Um dogma é uma ideia e por mais que se observe fatos que destruam o dogma, uma pessoa com pensamento dogmático irá preservar o seu dogma. Para a ciência uma teoria é uma ideia, mas se observarmos fatos que comprovem a falsidade da ideia, o cientista tem a obrigação de destruir ou modificar a teoria. Foi na época de Sócrates e seus contemporâneos, que o pensamento científico se consolidou, principalmente com o surgimento do conceito de prova científica, ou repetição do fato observado na natureza. Quando esse processo de modificação no pensamento grego terminou, aproximadamente noventa por cento dos gregos haviam se tornado ateus. [carece de fontes?]Sócrates foi condenado à morte e teve de tomar cicuta, pois foi julgado culpado de estar desvirtuando a juventude. Os gregos acabaram por destruir sua própria religião.
Tanto as religiões como a ciência tentam descrever a natureza e dar uma explicação para a origem do universo. A diferença está na forma de pensar de um cientista. O cientista não aceita descrever o natural com o sobrenatural. Para o cientista é necessário provas observadas e o que se observa sempre destrói as ideias. Para um cientista, a ciência é uma só, pois a natureza é apenas uma. Sendo assim, as ideias da Física devem complementar as ideias da química, da paleontologia, geografia e assim por diante. Embora a ciência seja dividida em áreas, para facilitar o estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.

Ciência no Antigo Ocidente

Ciência no Antigo Ocidente

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Desde o seu início na Suméria (agora Iraque) por volta de 3500 a.C., as pessoas da Mesopotâmia começaram a tentar gravar algumas observações do mundo com dados numéricos bem pensados. Mas suas observações e medições eram feitas por propósito em vez de de ser pelas leis da ciência. Uma instância concreta do Teorema de Pitágoras foi gravada no século XVIII a.C.: a tábua de argila dos mesopotâmios Plimpton 322 estava gravada com vários números de trios pitagóricos (3,4,5) (5,12,13) …, datado de 1900 a.C., possivelmente milênios antes de Pitágoras,[2] mas não existia uma formulação abstrata do teorema de Pitágoras.[3]
Na astronomia da Babilônia, as várias anotações sobre os movimentos das estrelas, planetas, e a Lua foram escritas em milhares de tábuas de argila criadas por escribas. Mesmo atualmente, períodos astronômicos identificados por cientistas mesopotâmios ainda são largamente usados nos calendários ocidentais: o ano solar, o mês lunar, a semana de sete dias. Usando essas informações, eles desenvolveram métodos aritméticos para computar a mudança no comprimento da luz solar durante o curso do ano e para predizer a aparição ou o desaparecimento da Lua e planetas e eclipses do Sol e da Lua. Apenas alguns nomes de astrônomos são conhecidos, como o de Kidinny, um astrônomo e matemático. A astronomia da Babilônia foi "a primeira e mais bem sucedida tentativa de dar um refinamento matemático para as descrições dos fenômenos astronômicos." De acordo com o historiador A. Aaboe, "todas as subsequentes variações de astronomia científica, no mundo helenístico, na Índia, no Islã, e no Ocidente - se não for todas as subsequentes descobertas nas ciências exatas - dependem da astronomia da Babilônia de maneiras decisivas e fundamentais."[4]
Avanços significativos do Egito Antigo incluem astronomia, matemática e medicina.[5] A geometria foi necessária para a engenharia geográfica para preservar o layout e manter o dono das terras de fazendas, que eram inundadas anualmente pelo Rio Nilo. O triângulo reto 3,4,5 e outras regras serviam para representar estruturas retilineares, e para a arquitetura do Egito. Egito foi também o centro da pesquisa de alquimia por grande parte da Mediterrâneo.
O papiro Edwin Smith é um dos primeiros documentos médicos que ainda existe, e talvez o documento mais antigo que tenta descrever e analisar o cérebro: ele pode ser visto como o começo da moderna neurociência. No entanto, enquanto a medicina do Egito tinha algumas práticas efetivas, ela também possui práticas ineficazes e por vezes perigosas. Historiadores médicos acreditam que a farmacologia do Antigo Egito, por exemplo, era na maior parte ineficaz.[6] Ainda assim, ela aplicava os seguintes componentes para o tratamento das doenças: exame, diagnóstico, tratamento, e prognóstico,[3] que demonstra um grande paralelo para a base do método empírico da ciência e de acordo com G. E. R. Lloyd[7] teve um papel significante no desenvolvimento dessa metodologia. O papiro Ebers (cerca de 1550 a.C.) também contém evidências do tradicional empirismo.